Reforma Tributária, o que muda para as empresas que ultilizam um ERP como TOTVS, SAP entre outros e como se preparar:
Quando falamos em mudanças estruturais na tributação brasileira, até mesmo profissionais experientes em impostos e obrigações fiscais se vem diante de dúvidas. Com a chegada da reforma tributária, esse cenário se intensifica; novas siglas, novas regras e novas obrigações. Mas, junto da complexidade inicial, surge também a oportunidade de simplificação, transparência e eficiência.
Este artigo mostra, de forma clara, como será essa virada de chave para empresas que utilizam sistemas ERP’S – TOTVS e SAP. Também explicamos como projetos especializados, como os conduzidos pela ProjeTI Solutions, podem apoiar essa transição de maneira prática, segura e personalizada.
O antes e o depois: a evolução do sistema tributário
Por décadas, o sistema tributário brasileiro foi considerado um dos mais complexos do mundo. Tributos como ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI criaram um verdadeiro labirinto fiscal, no qual cada produto ou serviço exigia interpretação específica, dependendo do estado ou município.
Essa fragmentação gerava:
- Custos invisíveis com compliance e auditorias;
- Riscos de multas por erros em obrigações acessórias;
- Distorções conhecidas como “guerra fiscal”, em que cada estado oferecia vantagens diferentes para atrair empresas.
Agora, o Brasil segue a tendência internacional ao adotar o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA), substituindo tributos antigos por uma estrutura mais enxuta e digital.

Os novos tributos: IBS, CBS e IS
A nova arquitetura fiscal é baseada em três pilares:
- IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): substitui o ICMS (estadual) e o ISS (municipal);
- CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): substitui PIS e Cofins;
- IS (Imposto Seletivo): incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente (como cigarros e bebidas alcoólicas).
O IBS e a CBS seguem o modelo do IVA, cobrados em cada etapa da cadeia produtiva, mas com a possibilidade de créditos tributários integrais. Isso significa que impostos pagos em etapas anteriores podem ser compensados, reduzindo o custo final e evitando cobranças em cascata.
Já o IS funciona como um mecanismo de regulação do consumo, trazendo não apenas impacto fiscal, mas também social e ambiental.
Transição: até 2033
A mudança não será brusca. O cronograma prevê:
- 2025-2026: testes práticos do IBS e da CBS, em paralelo com os tributos atuais;
- 2027: ampliação das regras para o mercado em geral;
- 2026-2033: convivência de dois sistemas (antigo e novo);
- 2033: extinção definitiva de ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI.
Essa fase de convivência exige atenção redobrada, pois um erro de parametrização pode gerar bitributação ou inconsistências fiscais.
O impacto para empresas que usam ERP’S como TOTVS, SAP entre outros.
Empresas que utilizam ERPs da TOTVS (como Protheus, Datasul e RM) e SAP terão que revisar processos e parametrizações para aderir ao novo modelo. Isso inclui:
- Atualização de cadastros de clientes, fornecedores e produtos;
- Revisão das regras fiscais dentro do ERP;
- Adaptação de layouts de notas fiscais e SPEDs;
- Automatização de rotinas que antes eram manuais.
Um ponto crítico é o destino do consumo, que passa a ser a referência para recolhimento de tributos. Isso muda toda a lógica de cálculos no ERP e exige integração total entre áreas fiscal, contábil e TI.
Benefícios da reforma para empresas.!
Apesar dos desafios, os ganhos são significativos:
- Simplificação das obrigações acessórias;
- Padronização nacional de notas fiscais;
- Aproveitamento integral de créditos tributários;
- Redução de custos ocultos com compliance;
- Maior competitividade para empresas de todos os portes.
Para pequenas empresas e MEIs, a digitalização promete reduzir horas gastas com relatórios fiscais, eliminando controles manuais que consumiam tempo e recursos.
Digitalização: de diferencial a obrigação
Se antes a digitalização era vista como inovação, agora passa a ser uma condição básica para operar dentro da legalidade.
Empresas precisarão integrar seus ERP’s a:
- Sistemas de notas fiscais eletrônicas;
- SPEDs adaptados ao IBS e à CBS;
- Relatórios eletrônicos nacionais com layout único.
A automação fiscal reduz erros manuais, agiliza auditorias e aumenta a previsibilidade dos tributos. Nesse contexto, projetos como os da consultoria ProjeTI Solutions tornam-se fundamentais para apoiar os clientes a parametrização, customização e treinamento das equipes.
Como se preparar desde já.!
Algumas práticas ajudam empresas a iniciar a transição com mais tranquilidade:
- Engajar áreas contábil, fiscal e TI no mapeamento dos impactos;
- Atualizar cadastros de clientes, fornecedores e produtos nos ERP’S;
- Realizar treinamentos e simulações com base no cronograma oficial;
- Investir em automação para reduzir riscos de inconsistência;
- Acompanhar fontes oficiais, como o Ministério da Fazenda, e conteúdos especializados, como no Blog da ProjeTI Solutions.
Conclusão: o futuro é mais simples, mas exige preparo
A reforma tributária é uma oportunidade de transformar um dos maiores gargalos do ambiente de negócios brasileiro, a burocracia fiscal.
Com menos tributos, mais clareza e digitalização obrigatória, as empresas poderão dedicar mais energia ao que realmente importa: crescer e inovar.
Para quem usa ERP’S como TOTVS ou SAP, a adaptação exige ajustes imediatos e acompanhamento próximo de especialistas. Nesse cenário, a ProjeTI Solutions surge como parceira estratégica, oferecendo consultoria, customização e suporte técnico para transformar os desafios da reforma em oportunidades reais.
**Microsiga®, Protheus®, RM®, TOTVS® e SAP são produtos e marcas registradas e de propriedade da TOTVS S/A e o Grupo SAP®. A ProjeTI Solutions é uma consultoria especializada e independente da TOTVS | SAP e não possui qualquer relação comercial ou de parceria com a TOTVS e SAP**